A Frente Vitória Popular, numa futura gestão de José Guerra, compromete-se a melhorar a estrutura do Barradão, potencializando a experiência do torcedor e incentivando-o a criar o hábito de frequentar o nosso santuário, tornando natural a associação.
Para a Frente Vitória Popular a questão não é se o ingresso do Barradão custará 20 ou 30 reais, mas se essa decisão foi tomada de forma coerente, dentro de um plano de gestão que prioriza a fidelização, e torne a experiência do torcedor de ocasião a melhor possível, incentivando-o à associação.
Infelizmente no Vitória, especialmente na gestão Paulo Carneiro/Fábio Mota, as decisões são tomadas com base em preconceitos ou na expectativa de retornos imediatos, o que acaba provocando o oposto: aumentando as dívidas do clube e afastando a torcida. Falta planejamento, é claro, mas falta principalmente conhecer a torcida rubro-negra e o que ela passa para frequentar o nosso estádio.
É um círculo vicioso. Toda vez que a torcida abraça o clube, os dirigentes pensam em como aumentar as receitas imediatamente em vez de primeiro fidelizar esse torcedor. Daí o torcedor se afasta novamente e ficam culpando-o por não se associar. Mas a questão é: quais contrapartidas a diretoria do Vitória está oferecendo ao rubro-negro que volta a frequentar o Barradão ou o faz pela primeira vez?
O que vemos no Barradão são filas intermináveis para usar banheiros precários, especialmente os femininos, e o mesmo acontece com os bares; segurança e transporte públicos da pior qualidade, com o torcedor sendo maltratado e até agredido, tendo no último jogo diversos relatos de furtos; falta de organização no entorno e nos acessos; desperdício do potencial do estacionamento, pois não tem bares nem lojas do clube; fora a nítida falta de capacidade de organizar eventos de grande porte e o caos que se tornou a gestão do Sou Mais Vitória.
É por conta dessa falta de capacidade técnica e de sensibilidade que a diretoria do Vitória pode tomar mais uma decisão que afastará novamente o torcedor mais empolgado, exatamente aquele que está empurrando o time, quando as prioridades do momento deveriam ser: 1) fazer do Barradão um caldeirão, colocando medo nos adversários; 2) retribuir o torcedor que abraçou o clube no seu pior momento. Se o Vitória não subir para a Série B, aí, sim, teremos mais dificuldade de pagar as dívidas feitas por consecutivas gestões desastrosas.
A Frente Vitória Popular, numa futura gestão de José Guerra, compromete-se a melhorar a estrutura do Barradão, potencializando a experiência do torcedor e incentivando-o a criar o hábito de frequentar o nosso santuário, tornando natural a associação. Banheiros, bares, estrutura no estacionamento, organização do acesso e do entorno, conversas com os poderes públicos para melhorar o transporte e o tráfego, conversa com os batalhões da Polícia Militar, etc. são medidas que custam muito pouco, mas que só podem ser tomadas por quem conhece as dificuldades enfrentadas pela torcida.
A gestão que pretenda implementar profissionalismo no clube e torná-lo popular e democrático deve ter como premissa o bem-estar da torcida, consciente da realidade econômica e social de sua maioria. Uma das nossas prioridades é promover uma gestão que aumente a participação de mais torcedores nas decisões do Vitória, por meio de ações que garantam, por exemplo, a associação e a fidelização de sócios de camadas sociais mais populares, o que é o oposto do que vem sendo praticado pelos últimos gestores.
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